Como se abrissem janelas
e respirassem vento
ousam os olhos
a calma de um amante
de todos os poemas de amor
Deixem que me embale por eles
(os teus olhos)
Sabendo que na próxima aurora
Serão os meus
Clamando poemas de amor
Tão belos como castelos
onde moram as trovas
de um amor sem trono
amor plebeu…
que se entrega sem permuta
a um poema de amor
Sinto-te tango, arguto,
da dor e da raiva rasgada
sabor cidra que invejo
no suar das folhas
que te escrevem
poemas de amor!
(imagem: Olga Sotto)